Dia 04 de fevereiro de 1811: Nascimento de São Pedro Julião Eymard
Pedro Julião Eymard nasceu numa segunda-feira, em 4 de fevereiro de 1811. Batizado no dia seguinte teve por padrinhos seus dois irmãos. Pedro Julião – que, de ora em diante será chamado simplesmente Julião – por muito tempo deu a Mariana apenas o nome de “madrinha”. Quanto a Antonio, seu padrinho, deveria deixar o lar em 1813 para incorporar-se à guarda imperial. Numa última carta, comunicará à sua família sua partida para Mayence; nunca mais dará notícias: Antonio será um desses “desaparecidos” inumeráveis cujos túmulos, depressa destruídos, demarcaram as estradas da Rússia e da Alemanha.
O pai do pequeno Pedro Julião inscreveu-se na confraria dos Penitentes do Santíssimo Sacramento, cujas obrigações cumpria com fidelidade: exemplo de uma vida cristã, assiduidade às missas dominicais e às procissões. Deveras trabalhador, era ávido de lucro; era um homem inflexível, teimoso, e, embora de bom coração, tinha alternativas de humor. Sua esposa, de caráter benigno, era muito piedosa; não deixava passar um dia sem ir ajoelhar-se ao menos por alguns minutos, na Igreja. Entretanto, as ocupações não faltavam à Maria Madalena: não aceitara ser nutriz da pequena Annette Bernard, que Julião chamará sua “irmã de leite e de adoção”? Assim mesmo, somente motivos graves a impediam de correr à Igreja quando soava a “benção dos agonizantes”: alguém na paróquia estava prestes a comparecer diante de Deus; Maria Madalena ia receber, em intenção do moribundo, a benção da Santa Hóstia.
Certo dia, no momento de partir, vê seu pequenino Julião, ainda em faixas, que lhe parece estender os braços. A mamãe acomoda o filhinho nas dobras de seu avental e uma vez na Igreja, toma-o nas mãos, apresentando-o, ao soar a campainha, e entre os transportes de seu coração materno, à benção traçada pelo Ostensório. Maria Madalena, de então em diante, fará sempre assim, quando for dada a benção para os agonizantes, pois o pequeno, mantendo-se quieto, não perturba o recolhimento. Disse alguém que a educação de uma criança começa aos quatro meses: assim aconteceu com a educação eucarística de Julião Eymard.
Quando já um pouco crescido e sabendo andar sozinho, sua felicidade será acompanhar sua mamãe à Igreja. Segundo a declaração de uma testemunha, jamais ele dizia: “Vamos embora”. Jamais também a mamãe viu-se obrigada a deixar a Missa ou a benção por causa do filhinho.
Desde pequenino teve ele o sentimento da presença real. Com seis anos apenas, acompanhava com um profundo olhar sua mamãe e sua Irmã, quando estas se aproximavam da Santa Mesa. Certa manhã, ao votar da Igreja, Mariana tomando Julião sobre os joelhos, o irmãozinho recostou-se afetuosamente sobre ela, dizendo-lhe: “Oh! tens um cheiro de Jesus !”
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