Pedro Julião Eymard nasceu na França, em 4 de fevereiro de 1811, na pequena cidade de La Mure d’Isère, próxima a Grenoble. Era filho de Julião Eymard e Maria Madalena Pelorse. Sua família era católica e devota do Santíssimo Sacramento.
Na igreja paroquial havia o costume da bênção com o Santíssimo Sacramento, depois da Missa diária. Sua mãe não faltava um dia sequer e oferecia o filho a Jesus. Assim, a presença de Cristo no sacrário lhe foi familiar desde muito cedo.
O jovem Pedro ajudava o pai em uma pequena indústria de azeite de nozes, fazendo a entrega do produto. Mas sentia-se fortemente atraído por Jesus no tabernáculo. Ao passar pela igreja, entrava para fazer-Lhe uma visita. Quando sua irmã voltava da Santa Missa, ele procurava ficar junto dela para sentir a presença eucarística em sua alma.
Ao receber a Primeira Comunhão aos 12 anos, sentiu o chamado para o sacerdócio, mas seu pai não aprovou. Sua mãe simplesmente rezava. Pedro continuou a trabalhar com o pai na indústria caseira, e pôs-se a estudar latim. Aos 16 anos, obteve licença do pai para prosseguir os estudos, primeiro em La Mure, depois em Grenoble. Ao receber a notícia do falecimento da mãe, pôs-se aos pés de Nossa Senhora, rogando-Lhe: “Por favor, a partir de agora sede minha única Mãe! Mas antes de tudo, peço-Vos a graça de chegar um dia a ser sacerdote”.
Aos 18 anos, contando com a ajuda do Pe. José Guibert – jovem sacerdote dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada e mais tarde Cardeal e Arcebispo de Paris -, ele conseguiu convencer o pai de seu ingresso no noviciado da Congregação, em Marselha.
Porém, uma grave enfermidade o obriga a voltar para casa. Ao receber o Viático, a Unção dos Enfermos, pediu a Jesus Sacramentado a graça de recuperar a saúde para poder ser sacerdote e celebrar pelo menos uma Missa. Curou-se e ingressou no Seminário Maior de Grenoble. Em 20 de julho de 1834, recebeu a ordenação sacerdotal, aos 23 anos de idade. Como autêntico pastor, sua meta era a de santificar-se e santificar “suas ovelhas”, seguindo os métodos de outro santo pároco, o Cura d’Ars. Diariamente saía para conversar com os fiéis. Ele instruía e animava a todos, obtendo notáveis conversões.
Providência ia preparando-o para a realização da grande missão de sua vida. Duas grandes graças o levaram definitivamente a entregar-se a ela. Portando o Santíssimo Sacramento durante uma procissão, em 1845, sentiu-se pervadido por uma grande força e pediu a Deus que lhe desse o zelo apostólico de São Paulo, para difundir, como ele, o nome de Jesus Cristo. Na outra, quando rezava diante da imagem da Virgem Santíssima, no santuário mariano de Fourvière, ouviu com clareza no fundo da alma a voz de Nossa Senhora, que lhe expunha a necessidade de haver uma congregação religiosa destinada a honrar a Sagrada Eucaristia, e apontava esta devoção como meio de solucionar os sérios problemas pelos quais o mundo passava, para renovar a vida cristã e promover a formação de sacerdotes e leigos.
Em 13 de maio de 1856, fundou a Congregação do Santíssimo Sacramento. No primeiro encontro com o Beato Papa Pio IX, a 20 de dezembro de 1858, ouviu dele: “Estou convencido de que sua obra vem de Deus e a Igreja dela necessita”. Em 1863, Pio IX aprovou oficialmente o novo Instituto.
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